Resultados, produtos e soluções esperadas com a criação do Observatório

Contribuições Científicas

– Formalização de uma rede interinstitucional nacional de pesquisa-informação para a ação no Brasil.

– Produção e divulgação de trabalhos em eventos científicos nacionais e internacionais, publicação de artigos; desenvolvimento de trabalhos de conclusão de cursos (graduação, dissertação e teses).

Contribuições para a Sociedade: Produção de informação para a comunidade em geral utilizando diversos formatos de divulgação social que incluem boletins epidemiológicos, infográficos, cartogramas e mídias digitais, cartilhas e cadernos de estratégias de ação para o SUS. Além disso, a criação do Observatório de Saúde Mental é um passo concreto para o Brasil atingir a meta 3.4 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável no sentido de subsidiar a promoção da saúde mental e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras e redução do suicídio.

 

Contribuições tecnológicas e de inovação:

– Incorporação de tecnologias para atenção e vigilância em saúde mental baseadas na construção e validação de instrumentos de avaliação de risco para transtornos mentais relacionados ao trabalho, assédio moral, suicídio, dentre outros problemas de saúde mental; produção de inovação para o aprimoramento da capacidade de análise da situação de saúde mental para técnicos, trabalhadores e gestores da RAPS e do SUS, subsidiando processos decisórios, estabelecimento de prioridades e intervenções aplicáveis aos serviços de saúde e ambientes trabalho.

– Produção de sínteses das evidências científicas sobre o sofrimento psíquico e transtornos mentais com a finalidade de fomentar ações e políticas de saúde para a promoção da saúde mental em saúde pública.

– Produção de materiais para treinamento e capacitação dos profissionais de saúde da assistência em saúde mental, incorporando os serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), incluindo: Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e suas diferentes modalidades; Serviço Residencial Terapêutico (SRT), Unidades de Acolhimentos (infanto-juvenil e adulto), Emergências e Enfermarias especializadas de Hospitais Gerais; Hospital Psiquiátrico; Hospital-Dia; Atenção Básica; Urgência e Emergência; Comunidades Terapêuticas; Ambulatório Multiprofissional de Saúde Mental e Consultórios de Rua.

– Elaboração de diretrizes, estratégias e protocolos para Atenção à Saúde Mental Relacionada ao Trabalho, visando sua integração nas políticas públicas, ações e serviços do SUS. Tais protocolos serão encaminhados aos órgãos de classe e profissionais para difusão e possibilidade de aplicabilidade no SUS com potencial de participação ativa da classe trabalhadora, dos empregadores e poder público para a melhoria dos ambientes e processos de trabalho e gerenciamento dos riscos psicossociais com vistas à proteção da saúde mental. O conhecimento produzido e os processos formativos derivados com alcance para trabalhadores e gestores podem ter desdobramentos para a organização dos serviços, qualificação, transformação e reorientação das práticas de saúde. A articulação entre a academia, RAPS e RENAST, pode ser um elo importante para o fortalecimento dos princípios do SUS.

 

A proposta do Observatório e contribuições do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador

A Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador/DSAST/SVS/MS tem papel destacado na construção de uma proposta com abrangência de todos o país como a proposta do Observatório, posto que é da sua competência a articulação de projetos/proposta de âmbito nacional. Assim, o seu apoio e sua a participação ativa na criação dessa proposta é crucial para sua viabilização.

Em 2017, diversos esforços foram realizados para a implementação de ações especificas em saúde mental e trabalho. Mas ainda não conseguimos implementar ações no ritmo da necessidade e da dimensão da demanda existente. Novos e intensos esforços são necessários e urgente – como bem mostram os dados que apontam tendência de crescimento sustentada nos últimos anos. Adicionalmente, depois da vivência da fase aguda de uma crise sanitária de proporções inéditas como a pandemia de Covid-19, ações em saúde mental ganham ainda mais relevo e motivam a intensificação de ações no seu enfrentamento. Este Observatório é uma possibilidade promissora de ações nessa direção e o engajamento da CGSAT/DSAST/SVS/MS é central.

Este engajamento poderá ser oferecido em todos os eixos da proposta de criação do Observatório: recursos para desenvolvimento de estudos específicos em algum tema estratégico no campo da saúde mental e trabalho; investimento para realização de atividades de diálogo/reflexão (seminário/oficinas); promoção de cursos de formação/capacitação de profissionais da Renast.