A que se propõe o observatório

  A que se propõe o observatório?

            As atividades inicialmente propostas para a criação e implementação do Observatório incluem:

  1. Produção de conhecimento e sistematização do conhecimento já produzido;
  2. Produção de diálogo e encontros para discussão e elaboração de reflexões, propostas e busca de inovação;
  3. Produção de capacitação e formação em saúde mental e trabalho.

 

Considerando esses três grandes eixos de atuação, detalhamos, a seguir, algumas propostas de ações:

  1. Produção de conhecimento e sistematização do conhecimento já produzido

Nessa perspectiva, estão inseridos os projetos de pesquisa para desenvolvimento científico e incentivo à produção de novos conhecimentos. Isto será organizado com base na exploração e análises de temas de pesquisa de interesse comum dos grupos aderentes ao Observatório, incentivando projetos multicêntricos e propostas de cooperação.

Neste eixo também serão desenvolvidos esforços de agregação do conhecimento já disponível. Nos últimos anos tivemos o trabalho árduo de grupos de pesquisadores e pesquisadoras em todo o país, que, ainda que em número pequeno, produziram um conjunto importante de dados e informações com potencial de fornecer direcionamentos preciosos para as ações em saúde mental e trabalho. Assim, parte dos esforços do Observatório será reunir essas contribuições e experiências e viabilizar a sua ampla divulgação. Formatos como páginas na internet ou Fóruns regulares de debates e de atividades online poderão ser viabilizados nessa direção.

 

  1. Produção de diálogo e encontros para discussão e elaboração de reflexões, propostas e busca de inovação

Neste eixo serão desenvolvidas atividades de encontros e trocas, tanto presencias, quanto remotas. Dentre essas atividades, serão realizadas as Oficinas, Seminários, Simpósios e encontros com finalidade de bate-papo.

 

  1. Produção de capacitação e formação em saúde mental e trabalho

Neste eixo serão desenvolvidas iniciativas de formação/capacitação aos profissionais de saúde dos serviços do SUS, especialmente da RAPS e CEREST, serviços diversos com atribuições em saúde do trabalhador e da trabalhadora (MPT, Previdência Social, SESMT de empresas) e sindicatos e associações de trabalhadores.

A partir das expertises dos grupos aderentes aos Observatório, em projetos de cooperação, serão ofertados cursos de capacitação/formação, no formato remoto ou presencial, para treinamento e atuação em temas em saúde mental e trabalho.

Para implantação do Observatório, três cursos-semente poderão ser oferecidos:

Curso 1: Como rastrear os transtornos mentais? Objetiva capacitar profissionais de saúde para o rastreamento e a vigilância em saúde mental, a partir do uso de instrumentos de screnning validados para uso no Brasil, visando subsidiar o planejamento de ações para promoção da saúde mental.

Curso 2: Planejamento de ações de promoção da saúde mental – destinado aos gestores e profissionais da saúde do Brasil, com o objetivo de planejar ações para a assistência, vigilância, prevenção e promoção à saúde mental dos(as) trabalhadores(as).

Curso 3. Produção de informação acessível em saúde mental e trabalho –

A socialização do conhecimento disponível é um dos importantes desafios do nosso tempo. Para sua efetivação é necessário tornar o conhecimento compreensível. A Translação do Conhecimento (TC) é uma estratégia potente que precisa ser melhor utilizada, especialmente na articulação academia-serviços de saúde. Consiste no estabelecimento de “um processo dinâmico e interativo que inclui a síntese, disseminação, intercâmbio e aplicação eticamente sólida de conhecimento para melhorar a saúde, proporcionar produtos e serviços de saúde mais efetivos e fortalecer o sistema de saúde” (CIHR, 2014). Na proposta do Observatório, a comunicação será uma preocupação central e deverá incluir atividades mais tradicionais de divulgação de conteúdos científicos (produção de artigos, apresentação em congressos e relatórios técnicos) com formatos inovadores de divulgação científica, com base em ferramentas de translação do conhecimento, de modo a garantir transferência de saberes a partir de modelos participativos de produção e interpretação dos dados.